sábado, 17 de dezembro de 2011

Eros e Psiquê


Psiquê era uma princesa cuja beleza era tal ordem que a deusa Afrodite sentiu-se de tomada de ciúmes dela. Por esse motivo, ordenou, que o filho Eros, o deus do Amor, servisse de instrumento para punir tamanho atrevimento por parte daquela mortal. Quase ao mesmo tempo, o oráculo ordenou ao pai de Psiquê, diante de ameaças assustadoras, que conduzisse a filha para junto de um rochedo, onde um monstro horrível a tomaria como esposa. Eros, porém, descuidando-se com suas flechas, acabou ferindo-se com uma delas. As flechas de Eros eram usadas com o propósito de fazer as pessoas por elas atingidas se apaixonarem subitamente, não escapando de seu veneno nem mesmo os deuses imortais. E assim, Eros apaixonou pela moça q quem deveria destruir por ordem da mãe.

Eros ordenou que Zéfiro, o vento oeste, trouxesse Psiquê para seu palácio. Por ser uma divindade, Eros se apresentava invisível aos olhos físicos da mortal Psiquê, mas esta com sua sensibilidade e romantismo, aceitou e se enamorou do pretendente, mesmo sem vê-lo e sem conhecer a sua identidade, confiando e se entregando aos seus cuidados. Mas Psiquê sentiu saudades dos familiares. Eros, não conseguindo dissuadir Psique, novamente encarregou Zéfiro para levá-la a terra de seus familiares. Ao encontrar com suas invejosas irmãs, estas convenceram Psiquê a conhecer o misterioso esposo, despertando nela a dúvida e a necessidade de conceber a realidade e a verdade através da verificação e experimental, sensorial e aparentemente objetiva, orientada pela curiosidade, inveja e desrespeito. Psiquê com esta decisão iria contrariar o pedido de Eros, de que nunca procurasse ver suas feições. Ao buscar a comprovação objetiva de quem era seu esposo, Psiquê ficou tão encantada com a beleza de Eros, que deixou cair no rosto do amado um pouco de óleo quente que alimentava a luz de sua lâmpada. Eros acorda o lugar onde caiu o óleo fervente de imediato se transforma numa chaga: o Amor está ferido. Percebendo que fora traído, Eros enlouquece, e foge, gritando repetidamente: O amor não sobrevive sem confiança!

Psiquê fica sozinha, e desesperada com seu erro, no imenso palácio. Precisa reconquistar o Amor perdido. Psiquê implora ajuda a todos os deuses, mais apenas Afrodite a acolheu, não para ajudá-la, mas para se vingar de Psiquê, que conquistara o coração de Eros. Prometendo facilitar a conciliação entre Psiquê e seu filho, Afrodite deu-lhe quatro tarefas tão difíceis, que psique ia cumprindo com a ajuda de divindades compadecidas do seu amor impossível. Mas na quarta tarefa Afrodite inventa que tinha perdido um pouco de sua beleza por cuidar do ferimento de Eros, pede a Psiquê que vá ao Reino dos Mortos, pedisse à sua rainha, [Perséfone], um pouco de sua beleza. A deusa estava certa de que ela não voltaria viva. Psiquê convence Perséfone a encher uma caixa com sua beleza para Afrodite. Psiquê está indo de volta a Afrodite, quando pensa que sua beleza havia se desgastado depois de tantos trabalhos, não resiste e resolve abrir a caixa. Cai em sono profundo, Eros já curado de sua queimadura vai ao socorro de sua amada, põe de volta o conteúdo na caixa, e despertou-a com um adejo de asas, levou-a ao Olimpo e suplicou a Zeus para desposá-la. Zeus comovido com o sofrimento de ambos permitiu o casamento deles e ainda ordenou que Afrodite se reconciliasse com Psiquê e concedeu à bela moça a imortalidade, ou seja, a promessa de que a humanidade pode evoluir através do amor dedicado.

4 comentários:

Felisberto T. Nagata disse...

Olá! Bom dia! Apesar, de já conhecer, foi muito bom, "relembrar"...de que a humanidade pode evoluir com a dedicação...do amor!
Bom domingo!

disse...

acho super interessante... já li toda mitologia grega...
beijos e feliz natal!

Luna Sanchez disse...

A Mitologia me fascina desde sempre.

Um beijo, flor.

André Walker disse...

Eu sou viciado em mitologia grega também, esses dias eu tava lendo a história de Ícaro e Dédalo...